Eu não posso falar de um tema tão delicado e controverso sem falar de probabilidades. Então, vamos lá!
Se algo surgiu do nada e não temos a mínima noção do que é o nada, mesmo porque quando não havia nada o nada era tudo. Talvez tenhamos um paradoxo aqui, mas continuamo. Se o nada era tudo ou melhor tudo era nada e houve uma falha, pode também ter ocorrido outras falhas ao mesmo tempo ou em locais diferentes do nada. Se uma primeira falha é possível, porque não várias primeiras falhas? Se foi mais do que uma o multiuniverso é possível, entende? Cada primeira falha pode ter criado um universo. Esta é a primeira hipótese.
A segunda hipótese se faz a partir da natureza da falha que é puramente energética e que associada ao nada tem uma natureza criadora. Então, ela pode ter criado aquilo que podemos observar e também aquilo que não podemos, além de poder replicar sua natureza criadora nas diferentes dimensões e devido a idade do universo é perfeitamente possível haver uma infinidade quântica de realidades e bifurcações, até mesmo como uma maneira do nada que virou tudo ir se defendendo dos desdobramentos inesperados que cada falha provoca.
Ainda há uma terceira hipótese onde as duas situações ocorrem e se isso for verdade significa que há milhões de variações do universo, umas podendo ter características próximas, outras nem tanto e outras totalmente diferentes, sendo que é possível dizer que nenhuma é igual a outra, já que as falhas são aleatórias e muitas são imprevisíveis.
Neste momento até eu estou me achando um pouco louco, mas há um sentido tão grande nisso tudo que é impossível de nem ao menos nos questionarmos.
Lourenço Soraggi 27/06/2023